Duração: 6 Meses,
de Maio a Outubro de 2015.
proponente: Associação Fome Zero
Coordenador do projecto: Martins Alberto Tayar-Tel. +258828017422-Fax: +258861400599-C.P. Machava-Maputo- Correio electrónico: martydaltson@gmail.com
- Administração
do Distrito de Nmaacha;
- Serviço
Distrital de Actividades Económicas;
- Instituto Superior de Educacao e Tecnologia-One World University ISET/OWU
Lista de
abreviaturas/siglas
ADPP
– Ajuda ao Desenvolvimento de Povo
para Povo
AMC-
Associação de Mulheres Camponesas
Esp.
– Específicos
ISET/OWU
– Instituto Superior de Educação e
Tecnologia/ One World University
C.P
– Caixa Postal
Mts
– Meticais
Obj.
– Objectivos
PARPA
– Plano de Acção para Redução de
Pobreza Absoluta
PQG
– Programa Quinquenal do Governo
USD
– Dólar Norte-americano.
Introdução
O projecto fome zero surge na necessidade de emendar um problema causado pelas novas mudanças climáticas, numa comunidade em que a maioria das suas actividades, são resumidas
pela prática de agricultura de
subsistência, podendo simplesmente servir para autoconsumo. Para além de que os
produtos deste projecto serão de destino comercial, é importante enfatizar que as
hortaliças são importantes fontes de vitaminas e sais minerais que, aliadas às
propriedades medicinais que muitas possuem, ajudam a regular e a manter o bom
funcionamento do organismo.
Neste projecto serão patentes as
seguintes culturas: couve, cebola, tomate, feijão-verde e alface. Essas são
culturas de extrema importância porque umas dessas culturas são indispensáveis
nas nossas refeições diárias.
No entanto esta, é uma preocupação de domínio de
orientação para rentabilidade das actividades e para adaptação aos mercados
para responder o grande problema de estiagem que se verificou durante os meses
de chuva que até não chegou a chuver. O projecto tem como principais parceiros
as instituições públicas como, administração do distrito de Namaacha onde
vai-se remeter a proposta e o segundo perceiro que constitui as actividades
económicas do distrito para uma assistência técnica da produção. O terceiro e último
parceiro é o Instituto Superior de Educação e
Tecnologia-One World University ISET/OWU que vai ajudar a associação na parte
mais complicada envolvendo o recurso que permite a produção que é a água, uma
vez que esta instituição tem uma fonte própria.
O projecto terá alguns integrantes da comunidade local principalmente os afectados pela seca e consequentemente pela fome. A necessidade da criação de parcerias locais através de iniciativa individual e da comunidade local, tendente às mudanças ou em resposta dos entraves naturais que acontecem sem que as pessoas tenham se precavido. A iniciativa não surge a partir da repartição ou consumo de uma dotação financeira pública como o Fundo Distrital de Desenvolvimento (FDD), mas sim pela problemática que se verifica a nível da zona sul, a falta de chuvas tendo em vista que o nosso agricultor é dependente eventualmente das condições climáticas em que o governo também luta para reverter essa situação.
Localização da área de execução
Changalane é um posto
administrativo pertencente ao distrito de Namaacha, província de Maputo no sul
de Moçambique, 14 km a sul localiza-se a Universidade ISET/OWU, fazendo
fronteira com o Reino da Swazilândia, a norte fica a comunidade de Michangulene
e localidade de Mahelane, a oeste fica a comunidade de Goba a zona que dá
acesso a Swazilândia e para o distrito de Namaacha. Predomina um clima tropical
temperado, com um rio atribuído por nome de Changalane e é relativamente
periódico, nos locais do rio onde a água permanece, algumas famílias têm
desenvolvido algumas actividades de cultura de hortícolas em pequenas escalas
para auto consumo, mas contrariamente este ano ee diferente. Pela falta da queda das chúvas que se
verificou nos finais do ano passado e no principio deste, o rio ficou
completamente seco deixando os agricultores que-o aproveitavam se nenhuma
opção.
Caracterização do problema
Changalane é um posto
administrativo que nos finais do ano 2015 e ate neste ano a comunidade não
conseguiu semear quase nada por dependerem de condições naturais no processo de
irrigação dos campos. Por consequência das novas alterações climáticas, nesse ano
a precipitação na zona sul do país foi tão deficiente que deixou todos agricultores
sem qualquer opção, praticamente todos os campos agrícolas encontran-se secos, deixando
as pessoas sem esperança da disponibilidade de alimentos, aumentando assim uma previsão
de bolsa de fome.
No plano quinquenal do governo (2015-2019 pág 21) o governo fala de acções prioritárias por objectivo estratégico para promover um crescimento económico sustentável e inclusivo que tem como alicerces o investimento combinado e sincronizado no desenvolvimento e expansão de infra-estruturas de suporte à produção e ao aumento da produtividade, bem como da produção dos sectores que são motores da economia, com destaque para a agricultura e pescas. Onde destacam-se as alíneas que culminam com esse projecto como:
a) Promover o aumento da produtividade do sector familiar agrário com vista à sua maior inserção no mercado;
b) Promover a expansão dos programas de fomento das culturas estratégicas, tradicionais e emergentes orientadas para o mercado;
c) Promover a geração de tecnologias produtivas resilientes ao clima e estimular o seu uso e adopção para o aumento da produtividade e melhoria do consumo ao nível familiar;
d) Promover a agricultura comercial e aumentar a disponibilidade de alimentos para garantir a segurança alimentar e nutricional e mais.
Nesse contexto, esse
projecto pretende trazer uma solução alternativa, tendo em conta que a
comunidade Changalane não tem nenhuma esperança de produzir para garantir a sua
alimentação, em forma de garantir que essa comunidade não passe a sofrer de
fome durante este período de espera de outro período de precipitação, resolve-se
que deve-se implementar um projecto de produção de hortícolas comerciais para
garantir que as famílias que relativamente as sua rendas diárias são tão baixas
e abrangidas por essa problemática, consigam vender para ter acesso aos outros
produtos que fazem parte das necessidades básicas como cereais e outros.
Segundo o PARPAII, (2006-2009:1250) na promoção dos Sectores Prioritários, alargamento da base empresarial e criação de emprego, aponta o sector agrário como um sector preponderante para o alcance do objectivo do Governo de reduzir a pobreza absoluta no país, dado que este é o sector predominante nas zonas rurais, onde se registam os maiores índices de pobreza absoluta. Nos seus objectivos da (Idid, pag. 127) aponta ainda o incentivo e a promoção de organização de produtores, com uma das principais acções de gerar tecnologias agrárias adaptadas às diferentes zonas ecológicas.
A comunidade de Changalane esta próxima a escola superior que possui um furo próprio que possa ajudar na garantia da boa irrigação. Esse projecto pretende abrir uma área bem extensa que responda os anseios do mercado e garantir que as comunidades através da renda adquirida pela venda das hortaliças que serão produzidas consigam dispor de outros produtos de forma a sustentar suas famílias.
Se não haver uma
intervenção para este problema, relativamente às pessoas com baixa renda,
sofrerão ainda mais de fome nos próximos meses do ano, já que não choveu para
se obter uma boa colheita no corrente ano.
Objectivos
Gerais
❖ Produzir hortícolas para
fim Comercial, de forma a garantir a renda familiar e acesso aos alimentos.
❖ Promover o cultivo de
culturas hortícolas com vista a permitir sua maior inserção no mercado para
acesso aos alimentos.
Específicos
⮚ Sensibilizar um
determinado número de pessoas para produção agrícola;
⮚ Criar uma associação de
produção de hortícolas;
⮚ Produzir variados
produtos hortícolas com foco cebola, tomate e couve;
⮚ Adotar meios de comercialização após a produção.
Acções por cada objectivo estratégico
Obj. Espe.1 Sensibilizar a comunidade de
Changalane pela matéria de produção de hortícolas comerciais;
- Reuniões
com os líderes locais e a comunidade em geral;
- Palestras
com comunidade;
- Falar da importância das hortícolas na geração de renda.
Obj. Espe.2 Criar uma associação de produção de
hortícolas;
- Reunir
as pessoas relativamente afectadas e carenciadas;
- Atribuir
cargos segundo os seus esforços e habilidades;
- Capacitar em matérias de produção de hortícolas com foco cebola e couve.
Obj. Espe.4 Produzir variados produtos
hortícolas com foco cebola e couve;
1. Organização dos materiais necessários para trabalhar a terra e
delimitação da área de produção das hortícolas;
2.
Produzir composto e
preparação do solo do campo definitivo e o viveiro
3. Lançar as sementes no alfobre e produção de bio-pesticidas;
4. Lançaras plântulas para o campo definitivo;
Obj. Espe.5 Adotar meios de comercialização após a produção.
1.
Venderà grosso para os revendedores;
2.
Aplicar preços equilibrados em relação ao custo da produção e a
marginal;
3.
Transportar para vender Boane sempre que for necessário.
Árvore de problema
Tendo em conta que as metodologias
são os caminhos a serem usados para atingir um certo objectivo, neste caso para
este projecto pretende-se usar os seguintes métodos, técnicas e experiências:
Método
Leitura
bibliográfica: para
melhor compreender o tema na vertente metodológica vai-se recorrer na leitura
de manuais, Programa Quinquenal do Governo (PQG), o documento orientador de
desenvolvimento PARPA-Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta, e outros
documentos que abordam assuntos inerentes a área e especificamente o tipo de
culturas.
Técnicas:
Observação
directa: que irá
facilitar a observação do ambiente físico, localização geográfica, interacção
de pessoas com necessidades de mudanças de padrões de vida, que irá facilitar
no trabalho do solo e como melhorar o mesmo.
Inquérito: esta técnica levará o autor ao
levantamento de dados que possam encaminhar na identificação das pessoas
afectadas por esse problema.
Entrevista:estatécnica vai revelar os
comportamentos em relação as realidades e manifestação à vida, aspectos
económicos, socioculturais e a relação dos mesmos com necessidade de adesão ao
projecto.
Debates:
vai envolver muito mais nos sujeitos
envolvidos para identificar os sujeitos activos com objectivo de identificar os
esforços e habilidades de cada um para atribuir as tarefas no associado segundo
suas habilidades respeitando todos os seus aspectos culturais.
Este projecto pretende-se produzir com mais ênfase nas culturas essenciais do mercado verde, isto é, hortaliças como a cebola, tomate e a couve através do uso de mecanismos e experiências que foram obtidas num projecto implementado na escola como ilustram as seguintes imagens.
Metas e indicadores de desempenho
Neste projecto pretende-se
estabelecer uma série de metas resumidas pelos objectivos principais, que são
as seguintes:
⮚ 12 Famílias que vão se
beneficiar dos resultados do projecto que cada um dos elementos dos associados
é um representante dessas famílias;
⮚
Pretende-se igualmente cultivar numa área de 5 hectares para
produção de diversificadas hortícolas com foco couve e cebola que também vai-se
adicionar feijão, alface e tomate;
As
principais metas pretendidas que o projecto forneça incluem.
⮚ Pretende-se incluir 12
elementos dos quais 8 mulheres e 4homens, para a criação da associação;
⮚ Que vai-se parcelar em 5
áreas, uma cultura em cada 1 hectare, isto é, 10000m2 para cada
cultura;
⮚ Primeiro dizer que alguns vegetais são difíceis de estimar as toneladas mas o anseio é de que cada área se extraia uma quantidade de culturas em cestas tendo em conta o volume de cada cultua, para as culturas robustas como couve e alface, estima-se que cada hectare obtenha-se 150 cestas, para o feijão-verde 20 toneladas, para o tomate e para a cebola estima-se 30 toneladas;
Resultados e impactos esperados
❖ Neste projecto espera-se
em primeiro lugar melhorar a estrutura do solo das bermas do rio de Changalane
para uma boa produção e produtividade;
❖ Criar um auto-emprego e
auto-estima aos beneficiários directos;
❖ Inserção social e ao
mercado para desenvolvimento de habilidades comerciais nos beneficiários
directos;
❖ Desenvolver capacidade
individual de recorrer por alternativas para resolução de algumas
eventualidades problemáticas.
❖ Recuperar
espontaneamente os prejuízos ocorridos pela fraca precipitação;
❖ Melhorar a renda
económica das famílias de forma directa e indirecta;
❖
Promoção de espírito de companheirismo nos associados, redução dos
níveis de fome principalmente às famílias carenciadas.
Possíveis impactos ambientais
Como trata-se de uma
horta orgânica que não pode envolver tantos agro-químicos não terá impactos
severos ao meio ambiente, mas pode-se encontrar o facto seguinte:
●
Uso excessivo da fonte de água
pode contecer o facto da fonte esgotar-se;
● Na abertura da horta precisamos de desbravar o mato consequentemente
praticamos desmatamento das plantas;
Monitoria e avaliação
A avaliação é importante, porque
envolve a verificação do grau de alcance dos resultados previstos e assegura
que os objectivos e metas específicas estejam a ser alcançados, portanto a
avaliação é crucial, para medir o nível de andamento do projecto.
O coordenador do projecto, vai
adotar método de produção de relatórios mensais no sentido de perceber se as
actividades ocorrerão consoante o tempo cronometrado, incluindo uma restruturação
das estratégias em casos de estratégia a prior traçada não corra bem.
Sempre vai-se prestar relatórios e
mesmo o reembolso do valor do empréstimo ao gveno do disitrito.
Plano de actividades/cronogramas
Sustentabilidade
Para a sustentabilidade
deste projecto, o coordenador junto com os seus associados irão adotar método
de economização dos valores marginais, ou seja os lucros para abertura de uma
conta do grupo no sentido de voltar a investir os mesmos valores para dar a
continuidade do projecto. Além do mais a instituição proponente ISET/OWU tem
consolido para os seus alunos períodos de especialização para trabalhar junto
com os pobres,será uma das maneiras de ajudar, dar força oude incentivar este
grupo de produtores.
Terá também um exercício
contínuo de sensibilização dos associados para fazer-lhes perceber sobre as
novas mudanças climáticas que vão mudando o comportamento da precipitação
sazonal em cada período de cada ano.
Riscos e dificuldades
●
Receia-se também pragas para as culturas, principalmente o tomate
através de pássaros
●
Receia-se também um possível esvazio da fonte de água que vai-se
usar uma vez que a instituição confia da 100% da mesma fonte;
Medidas a tomar
⮚ Vai-se produzir inseticidas
caseiros para afugentar os insectos, que podem efectivamente quebrar as
culturas;
⮚ Vai-se controlar a
situação de rega racional de modo a se usar a água de forma sustentável;
⮚ Um controlo directo que
vai-se basear em escala para cada membro dos associados.
⮚ A cebola que se vai integrar nessa horta serve de uma forma de controlo via de Controlo Biológico de pragas, porque a cebola serve de repelente a certas pragas que podem atacar as outras culturas.
Equipa técnica
Faz parte da equipa técnica, o
coordenador do projecto que já tem várias experiências na área de produção de
hortícolas.
O
coordenador do projecto:
Martins Alberto Tayar
Filiação: Alberto Tayar e de Rosema Jonaca
Província:
Cabo Delgado
Data
de nascimento: 19
de Outubro de 1986
Nível
académico: Licenciatura
em Desenvolvimento Comunitário
Experiencias
profissionais: já
trabalhou com um projecto de horticultura em várias comunidades como,Porto Henrique um projecto implementado
por ele e foi bem-sucedido. Na
comunidade de Mahelane, já trabalhou com Associação 44 Hectares na área de
nutrição e saiu bem-sucedido. Com capacidade e disponibilidade de trabalhar em
equipa.
Idiomas
Português: escrito e falado fluentemente
Inglês: escrito e falado razoavelmente
Macua: falado e escrito fluentemente
Maconde: escrito falado fluentemente
Orçamento
Orçamento Total soma a quinhentos e
quarenta e quatro mil meticais (224,000Mts) O parceiro ISET/OWU é um parceiro
que irá ajudar em recursos humanos que sempre irá mandar estudantes para
ajudarem a cuidar da parte técnica de horta e em alguns meios de transporte.
Também irá ajudar em termos na lavra da terra com um tractor que dispõe. Mas a
sua contribuicao principal para este projecto éa vantagem que tem de possiuir a
água que irá fornrcer a horta.
Referências Bibliográficas
PROPOSTA DO PLANO QUENQUINAL DO GOVERNO 2015-2019, aprovada na 4ª sessão ordinária do conselho de ministros Fevereiro de 2015.
PLANO DE ACÇÃO PARA A REDUÇÃO DA POBREZA ABSOLUTA2006-2009
(PARPA II), Versão Final Aprovada
pelo Conselho de Ministros Maio de 2006
Sem comentários:
Enviar um comentário